Longe longínquo
Desde longe, a tua voz entra
no meu ouvido, docemente, convidada
de honra, da chuva o meu abrigo,
encontro o fogo, sol eterno, do deserto
a minha água, esqueço o chão, o tecto
já não parece vazio, nas mãos tuas
o meu coração já não está nada vazio!
Passam os dias e eu que esperava
chuvas e tormentas encontro o oásis
calmo que no deserto do antevir
não tinha observado nem previsto!
Tronco seco, mas com seiva bruta
vibrando, movendo-se por dentro,
isso sou, por ti até ao Sol eu vou,
sem asas de cera, porque delas
não sinto a falta, com os teus olhos
em mim, sinto que a dor se me escapa!
Agradeço os teus cuidados, carinhos,
na noite do amanhecer, sozinhos
não estarão os filhos, nem pode ocorrer
que esteja eu sozinho quando te tenho!
A diversão é tua, assim também o quis,
por favor, apenas um pedido te fiz,
que voltasses são e salvo, inteiro,
com ou sem fama, glória, dinheiro,
tudo isso me passa ao lado amando-te!
Há dias em que como do teu olhar,
que bebo do teu corpo o suor
que te provoco quando juntamos
os nossos corpos e desfrutamos
de tudo o que devemos desfrutar,
hoje, amanhã, sempre que queiramos!
28/10/07
Monday, October 29
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