Lúpe
Estrelas abençoam uniões,
os amantes ligam corações.
Chorando, falam de missões
e uma delas dói no coração,
é difícil de alcançar,
é, por si só, amar!
Razão, não te chegues perto,
porque no meu vazio
tu serás um deserto.
Amor, porque não vens
me aconchegar nos braços
e me adormecer.
Coração dorido fala
de mágoas reais,
quase se esconde com medo
das picadas mortais.
A dor que sentes hoje
não será maior que a de amanhã,
e o amor que sempre foge
estará sempre a escarnecer
dos teus laços desunidos
que falham antes de começar.
E, mesmo para acabar,
nunca mais volto a chorar,
porque a dor me vai ultrapassar!
24/10/2000
Wednesday, August 31
Tuesday, August 30
IV
Póthos graptos
Ouço o choro que me acompanha.
Páro e penso!
Nunca me tinha apercebido
que, depois de ter chovido,
a palavra que se repete é seca.
Seca de sementes
ou da semente maior
que é o Amor.
Vendaval que grita e ofusca a Razão,
tempestade que provoca derrame de sangue,
é do temporal revolucionário que eu preciso!
Monotonia dos campos ressequidos,
porque me secas?
Queria tanto que acção
batesse à porta três vezes.
Assim estaria forte
para enfrentar o vero.
Disse-me a musa que escreve
para eu arranjar uma cápsula.
Objecto esse que me fecharia
hermeticamente para o mundo,
mas com respiradouros
para que ar doido me pudesse purificar.
Confesso que ainda me detive no assunto,
acabando por vetar o tema.
As peripécias decerto fluirão e eu,
com o poder investido pelo Romantismo,
vencerei as árduas e necessárias batalhas
carregando a aurora alva em meus ombros.
Daí em diante jamais fugirei a um desafio
e meus medos e complexidades serão ultrapassados!
Os alicerces fortes da personalidade
poderão ser a educação, meio e hereditariedade,
mas o meu alimento eterno e espiritual
será sempre o amor escrevinhado.
14/06/2000
Ouço o choro que me acompanha.
Páro e penso!
Nunca me tinha apercebido
que, depois de ter chovido,
a palavra que se repete é seca.
Seca de sementes
ou da semente maior
que é o Amor.
Vendaval que grita e ofusca a Razão,
tempestade que provoca derrame de sangue,
é do temporal revolucionário que eu preciso!
Monotonia dos campos ressequidos,
porque me secas?
Queria tanto que acção
batesse à porta três vezes.
Assim estaria forte
para enfrentar o vero.
Disse-me a musa que escreve
para eu arranjar uma cápsula.
Objecto esse que me fecharia
hermeticamente para o mundo,
mas com respiradouros
para que ar doido me pudesse purificar.
Confesso que ainda me detive no assunto,
acabando por vetar o tema.
As peripécias decerto fluirão e eu,
com o poder investido pelo Romantismo,
vencerei as árduas e necessárias batalhas
carregando a aurora alva em meus ombros.
Daí em diante jamais fugirei a um desafio
e meus medos e complexidades serão ultrapassados!
Os alicerces fortes da personalidade
poderão ser a educação, meio e hereditariedade,
mas o meu alimento eterno e espiritual
será sempre o amor escrevinhado.
14/06/2000
Monday, August 29
III
Os meus dias sucedem-se
como as chuvas quentes
ou as noites frias.
Num dia já sofri muito,
quanto mais em dois ou três?
Mas do que me posso queixar
quando tenho família, alimento e lar?
Não posso malfadar a minha vida
porque, ao proferir tais palavras,
que, já de si são macabras,
estarei à morte a condenar
milhões de indivíduos
que, por este mundo fora,
ontem, amanhã e agora,
sofrerão sem família, alimento e lar.
O melhor é continuar
a morrer nesta vida
pois, quando os olhos abrir,
ela será finita.
como as chuvas quentes
ou as noites frias.
Num dia já sofri muito,
quanto mais em dois ou três?
Mas do que me posso queixar
quando tenho família, alimento e lar?
Não posso malfadar a minha vida
porque, ao proferir tais palavras,
que, já de si são macabras,
estarei à morte a condenar
milhões de indivíduos
que, por este mundo fora,
ontem, amanhã e agora,
sofrerão sem família, alimento e lar.
O melhor é continuar
a morrer nesta vida
pois, quando os olhos abrir,
ela será finita.
Sunday, August 28
II
O céu está escuro
querendo assim me avisar
da nuvem grande que vem
molhar meu rosto
que, de tanto desgosto,
até já desfaleceu,
deixando a fúria
tomar conta de mim.
Quem me odeia, me sussurra;
quem me ama, me grita!
Já não sei que dizer,
há ocorrências alheias
que se intrometem na minha vida
como se quisessem aumentar a ferida.
Aquela está cada vez mais sofrida,
não consigo dizer muita coisa querida.
Talvez apareça uma musa inovadora
que me queira renovar a alegria duradoura!
querendo assim me avisar
da nuvem grande que vem
molhar meu rosto
que, de tanto desgosto,
até já desfaleceu,
deixando a fúria
tomar conta de mim.
Quem me odeia, me sussurra;
quem me ama, me grita!
Já não sei que dizer,
há ocorrências alheias
que se intrometem na minha vida
como se quisessem aumentar a ferida.
Aquela está cada vez mais sofrida,
não consigo dizer muita coisa querida.
Talvez apareça uma musa inovadora
que me queira renovar a alegria duradoura!
Saturday, August 27
I
Abrasador é
o rasto de dor
que o falso amor
marca no coração.
Mortalidade que nasce
no calor do amor
e que se perde no fogo do furor.
Falando em amor,
podemos associar o desejo de amar
ao engano, roedor da alma,
que, mesmo cheia de pesadelos presentes,
ainda sente uma lança de dor
a a aniquilar no preciso instante
em que descobria outro romance.
o rasto de dor
que o falso amor
marca no coração.
Mortalidade que nasce
no calor do amor
e que se perde no fogo do furor.
Falando em amor,
podemos associar o desejo de amar
ao engano, roedor da alma,
que, mesmo cheia de pesadelos presentes,
ainda sente uma lança de dor
a a aniquilar no preciso instante
em que descobria outro romance.
Cheguei...
Aqui chego como se nada me tivesse empurrado até aqui, como se as minhas pernas voluntariamente se arrastassem até eu cair, inanimado, por falta de força ou falta de vontade de ter força... espero que gostem da poesia, um abraço a todos...
Subscribe to:
Comments (Atom)

