Ciclo
A espera não me demove,
não me escondo nem quando muito chove.
A chuva das setas que te atingem,
que não te matam, mas ferem!
A morte é mais um evento desta vida
que escorre como um fio de água!
A água leva a morte e leva a vida,
mas o que ela mais leva é o sangue da ferida.
A ferida que as setas fizeram abrir
na minha pele que mais parece um jardim a florir!
A pele que chega a escorrer de tanta água,
da chuva que em mim já vi chover!
A chuva é um movimento difícil de suster,
mas, quando nós nos dispersamos,
é quando menos se espera que ela pare.
O último verso traz-nos de volta à mesma esfera,
nada mais nada menos que a "velha" espera!
18/01/2002
Tuesday, September 27
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