Thurok
Se soubesses o frio
que em mim fazia,
dormindo sozinho
na cama gélida e fria!
A passar voando
como pássaro que pairando,
escolhia ser livre
e por tal voar!
Mas qual surpresa,
qual espanto,
que se olhou reflectido
num espelho polido!
Ao ver a imagem que dele vinha,
viu que era pesado demais para voar,
mas que o dom imenso de abraçar forte
era seu caracter, tal como a uva é da vinha!
Eu pensava nele, como um urso,
com um corpo que se mostrava robusto,
não havia frio que em mim se entranhasse,
porque a ele eu pedia que me amasse!
A realidade que não surge paralela
a uma vida que em tempos fora bela
é aquela que me acena à janela
da mortífera e sagaz caravela!
Arktos grego, vem a mim e entra em mim,
me possui como se de todo o mundo eu fosse,
pelo menos eu viveria bem assim,
se a dor não me estrangulasse o pescoço!
Corneana, és a rocha que é ícone da vida,
não brilhas nem te demonstras muito alegre,
vives de escura roupa vestida
e engoles em ti o fogo que interior ferve.
30/12/2002
Saturday, December 24
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