Vício
Aqui estão elementos vitais,
eu semi-desnudo ao sol,
criança a brincar no areal,
é tudo vida, e nada mais!
A jornada de mau início
está a ter alguma virtude,
saber quando ir e escolher
a acção de me afastar
de algo que, não sendo vício,
é diário, ainda tem de ser...
Como vou conseguir dizer
que longe é o meu lugar,
sem ter medo de inscrever
o ódio no que sempre me amou?
Às vezes tenho tantas dúvidas
que duvido do meu QI,
mas mesmo aquelas mais obtusas
vão construindo de mim o BI!
Não há janela que me ponha
a ver juntos eu e tu, agora,
mas para a morada do coração tua
tenho livre trânsito,
pública é, para mim, essa rua!
Se me deixasses ir contigo,
será que o conseguiria,
esquecer-me de mim e do vício
que me assola, dia após dia?
Se não sabes que vício é,
procura dentro de casa,
talvez o tenhas tão ao pé,
que o fogo dele te abrasa!
E se não chegaste lá,
não serei eu quem to dirá,
mas, sim, o tempo e a vida,
dois entes poderosos e virtuais,
comandantes dos demais!
03/03/2004
Tuesday, January 24
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