Friday, January 27

CLIV

De novo o muro

Não estou perdido,
mais confuso,
a verdade é um embutido,
disperso, efémero, difuso!
Mas é sincero tonto,
perder o que não se tem,
trocar a vírgula p'lo ponto!
Quando chegar a ter,
não sei que irá acontecer,
porque nunca tive.
Ilusão, nada mais,
coisas boas sim,
mas enganadoras, no fundo,
vão então o muro construindo!
Pensei que se tivesse dado
deste a final implosão,
mas parece que parado
não foi o projecto-construção!
O problema posso ser eu,
mas talvez não seja solução,
tema agora quem não temeu,
chore já quem não tem coração!
Os ciclos sempre se completam,
não há nenhum que unicamente dure,
viver assim é algo duro,
mas sou eu e a vida que me dão!
Que conquistei, qual Afonso rei,
mas que total não possuo,
senão talvez tivesse ordenado
a proibição per omni day
desse maldito, podre muro!


12/04/2004

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