Monday, April 24

CXCVII

Frutos e sonhos

Serão os sonhos avisos,
as noites sem dormir, atento
ao que se passa mente adentro,
tentando descobrir sorrisos
da alma que me levem em frente!
Não sei se será justo
estar contigo e ao mesmo tempo
pensar em estar com outros,
porque eu estava aprendendo
a ter solo os meus momentos!
Estou dividido entre duas decisões,
entre a carne e o peixe, ilusões
eu tenho em relação a esses dois,
vou-me decidir por um deles
e se erro, como me sentirei depois?
São tantas perguntas que nem eu
sei responder, tu foste meu e eu
fui teu, mas escolheste perder
a minha companhia, de forma tola,
e agora voltas e agora a roda rebola!
Gira, dá voltas essa roda
e eu me entrelaço na confusão
de sentimentos e pura razão
que me têm preso à prisão
de noites sem dormir, na cama!
Eu disse que sim, mas não seguro,
tens que tornar este fruto maduro
para que eu me sinta confiante
de que vale a pena deixar a carne fumegante
para escolher o peixe fresco, preso no anzol!


24/04/2006

1 comment:

Anonymous said...

Es un poema hermoso que demuestra tu sensibilidad y tus dudas, razonables,ante los dos seres humanos que pueden ser uno mismo