Mîdmûn
Da meia lua é hoje a hora,
não cheia de metades como eu agora,
dado que te foste e tão para cima,
vejo enfraquecer a luz que me anima!
Contudo, tal como a lua e o sol,
eu sei que regressarás aos meus braços
meus que te esperam como um anzol
submergido num mar de sargaços!
Devo manter constante a calma
que me caracteriza, acender a chama
que sempre brilha em minha alma,
pensar em ti a cada momento, na cama
ver o teu corpo, a tua presença
sentida em cada partícula densa
do meu amor, do nosso forte amor!
E há doces que não se esgotam,
pois as glândulas internas os segregam,
terei muitos para te oferecer,
quando do sol do teu regresso se possa ver
toda a sua circular linha completa!
Vou tentar superar a mínima dor
que me supõe a tua ausência,
porque é muitas vezes difícil
ver a luz quando envolto em cinzentos
véus, que toldam qualquer movimento
de beleza dos olhos meus, que te desejam
observar incessantemente, querem gastar
a retina, a pupila, a íris, tudo
é válido por ver-te ao meu lado,
tudo se consente, pois não existem
dias mais cinzentos, nem com nuvens
ou eclipses, que aqueles em que longe
estás, fisicamente por certo,
pois espiritualmente és areia do meu deserto!
06/07/07
Wednesday, July 11
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