Aqui agora sempre
Enquanto as ondas falavam,
eu me perdia encapsulado
no domínio fechado
das ideias que entravam!
Sempre ciente de lugar,
mas com o espírito a vagar,
como quem está aqui agora,
mas decerto por cá não se demora!
É a vida curta que tenho,
porque deveras diminuta ela o é,
mas alegre tento que seja,
não me deixarei ficar sem pé
ao caminhar mar adentro,
nem que tu sejas o carrasco
que me perfure o ventre!
Entende que a tua missão é inútil,
a tua vida, para mim, é fútil,
enquanto procurares o mal
que existe na vida de todos!
Devias ser desterrado,
ó seu buru malfadado,
porque vens destruir
o que tenho aqui agora,
por que razão existes,
para quê toda essa agressão
direccionada a quem nunca
mal te fez algum?
Será que a raiva que encerras
em ti se deve soltar em mim,
dessa maneira, presente, assim?
Não sei nem pretendo saber
dado que só quero escrever,
é isso que mal ou bem sei fazer,
é algo que é demasiado forte
para que, com amarras, possas deter!
02/01/2004
Monday, January 16
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