Bivalve fóssil
Dormido sobre a chuva
que cobre o tapete do teu rosto,
o medo de te perder
confundia-se com a fremente
necessidade de algo te dizer,
é preciso sem ti viver!
Contudo, os tempos que estão
eternamente a ti ligados
tornam-se novamente fortes,
são como amarras que,
tendo sofrido cortes,
se ligam de novo, criando uma união!
Entrada e saída simultâneas,
não sei qual delas barrar,
porque as duas me parecem boas,
não me digas que não voas,
diz-me antes que me adoras,
sejam 0 ou 24 horas!
As paredes que destruo
só servem para me mostrar o muro
que me atormenta a vida,
parece que me escapa a visão,
encontra tu o coração
para então me poderes dar a tua mão!
Atira, mata a solidão,
encontra no meu ombro
a felicidade aparente e real,
sai do escuro escombro,
mata o desamor total,
enche então meu coração!
06/07/2003
Friday, January 6
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