Fora de ordem
Quando do rosto
a expressão está fechada,
é a dureza que resta
nessa alma magoada.
Isto faz-me pensar
quão fácil é ferir
a pessoa que vive a vida.
Difícil perguntar
o que está a magoar,
difícil consolar
quem quer seu coração ocultar.
A personalidade que recusa
entrar em sociedade confusa,
querendo, talvez, fugir
a quem a dor quer medir,
a que sente no momento
em que a vida lhe traz,
fria, o pior das coisas más.
Furtando-se ao terror
de enfrentar o seu amor,
refugia-se na concha sagrada
e procura, talvez, encontrar
a morte há tanto desejada.
Surge, de súbito, um anjo
de alva pele e olhos doces
que o redime de tudo
o que ele se culpa.
Ele fala em dor,
ela fala em alegria.
Ela fala de amor
e ele vê nascer o dia...
Thursday, March 30
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